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30 junho 2009

Madero

"Duvido que você peça mais dois!"
Coletti

"Ao invés de ser enfeitado com frutas, poderia ser enfeitado com outros iguais em volta."
Fábio

"Ouvi dizer que tem uma simpatia aqui que, quando a gente segura a colher, ganha mais um."
Marisa, de colher em mãos, para o garçom

Bom, essas são só algumas das frases proferidas na mesa após experimentar o Petit Gâteau de doce de leite do Madero, ontem à noite, no jantar de inauguração do novo restaurante, no Shopping Estação. E eu vou começar pela sobremesa porque, de fato, aquilo lá é algo realmente totalmente excelente. O tal doce foi capa da falecida Revista Gula em agosto do ano passado, e eu confesso que não tinha dado muita bola.

Pois foi surpreendente.

E vamos ao menu.

Perdi a entrada (palmito fresco assado na brasa com manteiga francesa e flor de sal) por causa do fechamento do jornal. Mas logo que cheguei abocanhei um cheeseburger. Depois foi servido um carret de carneiro uruguaio grelhado. Excelentes, ambos. Para beber, um Bonarda Reserva da Nieto Senetiner, 2002, Edição Limitada.

E o título de vegetariano, depois dessa, eu já não ostento mais.

Pra completar, o tal petit gâteau: doce de leite na massa e no recheio, servido com calda de frutas vermelhas. Sem palavras pra descrevê-lo. O chef Junior Durski nos disse que a tal sobremesa carrega um quê de covardia -- dá pouco trabalho pra fazer e leva a melhor fama.

Covardia mesmo.

29 junho 2009

Metabloguístico

E aqui tem um texto "metabloguístico" sobre minha primeira experiência com o Adsense.

23 junho 2009

Cantina do Délio


Sábado passado almoçamos, eu e a Helô, na Cantina do Délio. E que bela surpresa!

O restaurante tem um estilo que muito me agrada: ambiente simplão, despojado, comida excelente e a um preço acessível. Fazia um belo dia, a foto não mente, e sentamos na ali fora na varanda.

A cantina traz no cardápio a chamada "Cucina Casalinga", a tradicional comida caseira italiana. E a gente se sente mesmo em casa. Os pratos são um tanto rústicos, mas muito bem elaborados. Eu fui num nhoque ao funghi trifolati que me deixa saudades até agora. Pra completar, servem sobremesas da Bella Banoffi, ali em frente. Veja o cardápio deles aqui.

Recomendadíssimo. Fica na Itupava, 1094, no Alto da XV.

19 junho 2009

Receitas do Túlio

Admito que ainda não testei os tais hambúrgueres de lentilhas, mas achei engraçadíssimo o Túlio "locutando" as receitas da Helmann's. Parece bom hein?

Vale dar uma passada pelo blog dele, principalmente se você estiver a caminho de Buenos Aires. Tem um ótimo guia de restaurantes portenhos.

17 junho 2009

Empapado

A grande verdade é que me atrapalho ao preparar os pratos mais básicos.
Arroz soltinho será sempre um mistério pra mim.
Um viva para os risotos.

(Viva!)

14 junho 2009

Polpettones de salmão


O salmão é mesmo um peixe versátil - até cru é bom. E acho que peixes assim, com um sabor tão peculiar, não precisam de muita invenção (o mesmo vale para o bacalhau). Mas eu mesmo escapo dessa regra quando preparo esses polpettones de salmão. Dá um pouquinho mais de trabalho, mas o resultado é muito bacana.

Os ingredientes:
700 g de filé de salmão
1 xícara de farinha de kibe
1/2 xícara de cebola roxa picada
1/2 xícara de salsão (talo) picado
1 colher chá de endro picado
1 colher chá de pimenta síria
gergelim
sal e azeite

Vamos precisar do salmão triturado. Eu compro o filé, corto em cubos e mando-os para o processador com muito cuidado para que não vire uma pasta. Mas uma boa tábua e dois cutelos afiados deixariam esse trabalho muito mais divertido.

Antes disso, lavo bem uma xícara de farinha de kibe fina, até a água sair limpa, espremo com as mãos, cubro e levo à geladeira por uma hora.

Passada essa hora vamos misturar tudo: salmão, cebola, trigo, salsão, endro, pimenta, o sal e um fio de azeite. O livro Viena: comida de casa fora de casa recomenda uns cubos de gelo picados, mas não sei bem a utilidade disso.

Aí é só moldar os polpettones e envolvê-los no gergelim. Já experimentei prepará-los na frigideira levemente untada com azeite (uns 3 minutos de cada lado), no forno e até mesmo na grelha da churrasqueira. Não tem erro.

No último sábado, eles foram acompanhados de folhas verdes, risoto a milanesa e um Carmenére Tarapacá Gran Reserva.

E eu fiquei com vontade de repetir tudo de novo.

12 junho 2009

Festival de sopas

E o Breno inventou um festival de sopas que veio bem a calhar nesse feriado (que pra mim não foi feriado, mas tudo bem). Minha contribuição foi um creme de abóbora -- com cara de sopa de cenoura e gosto de canja. Foram servidos também sopa de capelleti, de tomates e sopa de feijão. Esta última levou um bom punhado de pinga na receita, o que deixou os convidados bastante sorridentes.

O tal creme de abóbora foi mais ou menos simples. Usei abóbora (que surpresa!), batatas, cebola, tomates, alho, coxas de frango para o caldo e temperos. E foi assim:

Deixei as cebolas refogando na manteiga enquanto temperei as coxas com cominho em pó, pimenta síria, alho e sal. Elas logo foram para a panela fazer companhia ao refogado.

(Tirem as crianças da sala!)

Os tomates ficaram pelados antes de se juntarem às coxas, que a essa altura estavam já bastante gostosas, douradas e apimentadas pelo calor do momento.

(Ok, podem trazer as crianças de volta.)

A esse refogado adicionei água e fui preparando o caldo (usei um pouco de pó para caldo também), ajustando o sal, até colocar lá dentro algumas batatas e um pescoço de abóbora, todos devidamente esfaqueados. Exagere no cominho e na pimenta neste momento se quiser estragar a receita.

Depois que tudo cozinhou, tirei os pedaços de frango lá de dentro e guardei para outro caldo. Usei um amassador para fazer um purê das abóboras, mas não gostei da textura. Então bati tudo no liquidificador, voltei à panela, coloquei uns temperos verdes (basicamente salsinha e cebolinha).

Como o gosto de canja permanecia, acabei usando um tanto mais de abóbora para um purê em separado. Adicionei ao creme só na hora de servir, com um pouco mais de temperos verdes que deixaram o prato bonito.

Teve gente que repetiu!

Mas a sopa de pinga estava melhor, com certeza.

10 junho 2009

Feira de vinhos


Na próxima terça-feira, 16 de junho, a Vino! promove uma feira de vinhos espanhóis na loja do Batel, em Curitiba. Estarão lá 14 produtores, de nove diferentes regiões da Espanha -- aquelas já consagradas, como Rioja e Ribera del Duero, e as consideradas "emergentes" no mercado espanhol e europeu, como Alicante, Yecla, Toro, Priorato e Castilla y León.

Os produtores que participam da feira: Aalto, Abadia Retuerta, Protos, Mas Perinet, Vinya L'hereu, Sierra Cantabria, Izadi, Finca Allende, Javier Asensio, Vetus, Castaño, Sierra Salinas, Domínio Eguren e Dehesa de Rubiales.

Os convites custam 80 mangos. Mais informações aqui.

09 junho 2009

Mania de sopas

A culpa é da dona Geni, minha mãe, que nunca deixou que faltasse sopa em casa nos dias frios. E agora, nesse prematuro inverno curitibano, ando também eu com essa mania.

Na última segunda de manhã, cozinhei 3 batatas-baroa (mandioquinha) com 2 cenouras num caldo de galinha, com um pouco de sal e pimenta. Esperei amornar, bati no liquidificador, guardei na geladeira e fui trabalhar. Passei o dia pensando no tal creme de mandioquinha com cenoura. Ali por 23h, quando voltei para casa, refoguei cebola e alho com um bom tanto de azeite e manteiga, que logo receberam a companhia do creme preparado pela manhã. Assim que ferveu adicionei uma colher de requeijão cremoso, alguns temperos verdes e um tantinho de gengibre ralado.

Um prato só corrige o frio de um dia inteiro.

E hoje tem mais!

08 junho 2009

E o bolo rendeu

Nem era pra tanto, mas o post do bolo de maçã rendeu, e muito. Mais que o próprio bolo.

Tudo porque sugeri deitar a canela sobre as maçãs peladas. Fica a ressalva: não confundam com "deitar pelado sobre as maçãs com canela", nem qualquer outra variação. Quero dizer, não vou repreender quem o fizer, estamos numa sociedade livre e democrática.

Só não precisa me contar.

Também recebi a sugestão de transformar o blog num algo erótico-culinário, na linha "Sabrina" na cozinha (neste caso, bem mais que maçãs peladas). Mas não, obrigado.

Por fim, o ato de divulgar o endereço do blog com a receita do bolo para os que o comeram foi encarado como armadilha de marketing (algo na linha sampling, marketing de experiência com direito a viral no twitter). Também não, mas o Google me conta que houve um aumento de incríveis 1.000% na taxa de visitação do blog naquele dia. Só não me perguntem qual era a base de comparação.

Rendeu, não?

05 junho 2009

Bolo de maçã e canela

Pois já faz um tempinho que sexta-feira é sinônimo de comilança na editoria de Economia da Gazeta. É a chamada "sexta das especialidades". E eu resolvi, desta vez, levar bolo de maçã e canela.

Sobre 2 maçãs grandes (ou 3 médias) peladas e picadas, deita-se uma colher de chá de canela em pó e suco de meio limão. Separa-se. Entretanto, prepara-se a massa: sem batedeira, nessa ordem, misturam-se 2 colheres de sopa de manteiga derretida, 2 ovos batidos, 1 + 1/2 xícara de açúcar, 1 + 1/2 xícara de farinha de trigo e 1 colher de sopa rasa de fermento em pó. A essa massa juntam-se as maçãs picadas. E aí é só colocar numa forma untada (20cm x 20cm), que vai ao forno por cerca de 30 minutos, na força média. Na hora de servir, canela e açúcar de confeiteiro polvilhados colaboram no visual.

Obs. 1: a fome da turma da redação é de anteontem, então dobrei a receita.
Obs. 2: pode-se usar uma forma de pão pequena. Desenforma-se e polvilha-se o açúcar e fica muito bonito.
Obs. 3: este bolo foi o grande campeão do evento Il Sabato Stupendo!, realizado há alguns anos, na categoria "bolo de maçã com açúcar em cima". Era o único nessa categoria.
Obs. 4: a foto não é grandescoisa, mas com o tempo eu aprendo a fotografar comida.

02 junho 2009

Clocks

Pois não é todo dia que se encontra um café bacanudo tão perto de casa.

Eu já tinha ouvido falar que o bairro do Bacacheri (esse mesmo, o da vaca Cherry) era uma cidade à parte dentro de Curitiba. Mas tenho me surpreendido com frequência.

O "Clocks Café e Sanduicheria", de onde escrevo este post, fica ao lado da base aérea, na rua Holanda, esquina com Erasto Gaertner. Ambiente bacanudo, internet rápida e grátis, jornais e revistas. Tem um café muito bom (tô tomando um latte agora), e um cardápio de sanduíches que promete: são 25 variedades, 9 delas vegetarianas.

Tá cedo pra comer, mas outro dia eu escrevo só sobre a comida do lugar.

Mais sobre o lugar aqui.

01 junho 2009

Sábado de comidinhas

E o sábado foi de comilanças, e eu nem precisei ir pra cozinha (vai ver por isso estava bom).

No almoço, a convite do Claudemir, fomos surpreendidos já nas entradas com uma espetacular bruschetta de cogumelos portobello, que vão ao forno sobre pão e queijo estepe depois de salteados na manteiga.

No menu principal, batata rosti, risoto ao quatro queijos e salmão recheado -- este aqui temperado com aquele limão caipira de casca laranja, que faz toda a diferença.

Mas o destaque ficou mesmo na sobremesa: creme Beneli com calda de malbec. Ah, nunca ouviu falar? Bom, é que a receita é do próprio Claudemir Beneli. Mas a humildade do chef o impedia de dar um bom nome para o prato, e ele estava chamando de polenta doce.

Mas que fique registrado: se um dia você comer polenta doce de sobremesa, o nome certo é Creme Beneli. Chegamos à denominação correta, eu, Cícero e Barbara, Oliver e Sabrina, após muita discussão.

* * *

Eis que no meio do almoço recebo o convite para o jantar: tainha fresca, recém-chegada da praia, na casa Guilherme/Juliana. Não recusei. O peixe foi aberto, temperado basicamente com tomates e cebola picadinhos, sal, limão e ervas, e assado no forno. Fizemos uma boa farofa com as ovas e a Juliana ainda preparou uma moussaka para acompanhar.

Destaque para um branco Cheverny levado pelo Christian que acompanhou muitíssimo bem a tainha.

* * *

No domingo, não almocei. Nem precisava.